V ESTAÇÃO – Simão Cirineu ajuda a Jesus a carregar a Cruz
Passava por ali certo homem de Cirene, chamado Simão, que vinha do campo, pai de Alexandre e de Rufo, e obrigaram-no que Lhe levasse a cruz (Mc 15, 20-21).
Os soldados romanos receiam que o Divino condenado venha a morrer, antes mesmo de chegar ao Gólgota. É urgente encontrar alguém que O auxilie a terminar o percurso.
O centurião que comandava os soldados romanos vê Simão. Quem era ele? Sabe-se somente que era de Cirene, quase um anônimo. Porém, embora obrigado, ajudou a levar a cruz de Jesus, e de alguma forma cooperou com a obra da Redenção.
Oh! exemplo extraordinário para mim! Mesmo que fosse inocente, devo lembrar-me das palavras do Divino Mestre: “Quem não toma a sua cruz e não Me segue, não é digno de Mim” (Mt 10, 38).
É indispensável que eu tome a minha cruz, ou seja, aquela responsabilidade, aquela humilhação. A cruz da honestidade, da retidão de consciência e da prática da virtude. Sim, é preciso que eu seja perfeito.
Ó Jesus que neste passo de Vossa Paixão pedis a minha ajuda, quero seguir-Vos com a minha cruz. Mas, ajudai-me a ajudar-Vos, Senhor.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória.
V/. Sagrado Coração de Jesus, vítima dos pecadores.
R/. Tende piedade de nós.
V/. Pela misericórdia de Deus descansem em paz as almas dos fiéis defuntos.
R/. Amém.
VI ESTAÇÃO –Verônica enxuga o rosto de Jesus
V/. Nós Vos adoramos, ó Cristo, e Vos bendizemos.
R/. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Fazei brilhar sobre nós, Senhor, a luz da vossa face. Confiado na Vossa justiça, eu contemplarei a Vossa face; ao despertar, saciar-me-ei com a visão de Vossa ima¬gem.(Sl 4, 7; 16, 15).
“Vera ícona”, ou seja, verdadeira imagem. Este é o significado do nome daquela que se compadeceu de Jesus e Lhe enxugou o rosto. Que poderia oferecer Ele, naquele momento, em retribuição por tão distinta atitude? A Sua verdadeira Face! Jesus quis deixar-nos esta preciosa mensagem: sempre que, de alguma forma, eu Lhe enxugar a Face, sua fisionomia se estampará em minha alma, serei outro Cristo. Sim, “christianus alter Christus”, o cristão é um outro Cristo.
Se, na vida de todos os dias, me empenhar em auxiliar o próximo a trilhar as vias do Evangelho, a buscar a Salvação, a face de Cristo se fixará em meu espírito, e eu me tornarei semelhante a Ele.
Se, na vida de todos os dias, me empenhar em auxiliar o próximo a trilhar as vias do Evangelho, a buscar a Salvação, a face de Cristo se fixará em meu espírito, e eu me tornarei semelhante a Ele.
Senhor, compreendo agora, por um auxílio da Vossa graça, o Vosso mandamento: “Amai-vos uns aos outros, como Eu vos tenho amado” (Jo 13, 34). Quereis de mim que eu seja atencioso com os necessitados de meu auxílio, bondoso para com os humildes, forte pa¬ra com os orgulhosos. Estou disposto a assim proceder.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória.
V/. Sagrado Coração de Jesus, vítima dos pecadores.
R/. Tende piedade de nós.
V/. Pela misericórdia de Deus descansem em paz as almas dos fiéis defuntos.
R/. Amém.
VII ESTAÇÃO – Jesus cai pela segunda vez
V/. Nós Vos adoramos, ó Cristo, e Vos bendizemos.
R/. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Não abriu a boca, como um cordeiro que se conduz ao matadouro, e uma ovelha muda nas mãos do tosquiador. O Senhor torna firmes os passos do homem e aprova os seus caminhos. Ainda que caia, não ficará prostrado, porque o Senhor o sustenta pela mão (Sl 36, 23-24).
Apesar do auxílio do Cireneu, o peso da cruz vai se tornando esmagador. Quem, ao cair pela segunda vez naquelas circunstâncias, não se deixaria permanecer no chão? Era a oportunidade para desistir. Mas Jesus quis levar até ao fim o holocausto. E como eram suaves aquelas pedras do caminho em comparação com os sofrimentos que ainda viriam pela frente…
Mais uma vez, quis Jesus mostrar-nos qual deve ser a extensão de nossa confiança, mesmo quando recaímos em nossas faltas. O Salvador está sempre disposto a nos perdoar. Tendo Ele assumido nossas culpas, jamais deixará de nos reerguer.
Pelos infinitos méritos dessa Vossa segunda queda, confirmai-me na Vossa graça, por Maria Santíssima eu Vo-lo imploro.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória.
V/. Sagrado Coração de Jesus, vítima dos pecadores.
R/. Tende piedade de nós.
V/. Pela misericórdia de Deus descansem em paz as almas dos fiéis defuntos.
R/. Amém.
VIII ESTAÇÃO – Jesus consola as filhas de Jerusalém
V/. Nós Vos adoramos, ó Cristo, e Vos bendizemos.
R/. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Seguia-O uma grande multidão de povo e de mulheres, que batiam no peito e O lamentavam. Voltando-se para elas, Jesus disse: Filhas de Jerusalém, não choreis sobre mim, mas chorai sobre vós mesmas e sobre vossos filhos (Lc 23, 28).
Jesus, embora mergulhado nos tormentos da Paixão, caminhava para o triunfo do cumprimento de Sua missão. Mas, na sua infinita justiça, não deixava de advertir as santas mulheres da necessidade de repararem o pecado coletivo. Não bastava comoverem-se com a tragédia de um Deus injustiçado. Era indispensável aplacar a cólera divina contra os homens, pelo crime cometido.
Ó Jesus, Senhor da Justiça que a todo bem premiais e a todo mal castigais, dai-me a graça de ter plena consciência de minhas loucuras, crimes e pecados, a fim de pedir-Vos perdão com sinceridade. Quanto mais profundamente eu reconhecer minhas faltas, melhor será o meu arrependimento e mais completa será a Vossa absolvição.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória.
V/. Sagrado Coração de Jesus, vítima dos pecadores.
R/. Tende piedade de nós.
V/. Pela misericórdia de Deus descansem em paz as almas dos fiéis defuntos.
R/. Amém.
Continua...
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