IX ESTAÇÃO – Jesus cai pela terceira vez
V/. Nós Vos adoramos, ó Cristo, e Vos bendizemos.
R/. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Também Cristo padeceu por vós, deixando-vos exemplo para que sigais os Seus passos. Carregou os nossos pecados em Seu corpo sobre o madeiro para que, mortos aos nossos pecados, vivamos para a justiça (I Pe 2, 21, 24).
Aí está, diante dos meus olhos, e sob o peso da cruz, a luz do mundo caída ao chão pela terceira vez.
De que serviu o Cireneu para carregar a Cruz? Por que não tomou ele sobre seus ombros pelo menos a parte mais pesada? Se os soldados haviam já decidido convocar compulsoriamente o Cireneu, não lhes faltava compreensão para perceber o estado de esgotamento de sua vítima. Por que lhe exigem continuar a caminhada?
Uma vez mais é a imagem da nossa miséria. Assim somos nós.
Se eu fosse o Cireneu, procederia de outra forma? Quantas e quantas vezes não fui relaxado no cumprimento de meus deveres, na prática da virtude, no evitar as ocasiões que me levam ao pecado… Como estou longe da perfeição, deixando Jesus ser quase esmagado sob o peso da Cruz, sem me preocupar em ajudá-Lo!
Jesus dá-me o divino exemplo: se me abandonam ou me perseguem, e caio sob o madeiro das decepções, jamais o desânimo me abaterá.
Sempre há mais para dar, mesmo quando as forças parecem já não existir. Essa é também uma das lições contidas nesta Estação.
Ó meu Jesus, eu Vos agradeço o exemplo de generosidade e entrega totais que neste passo da Paixão me dais, e rogo-Vos graças eficazes para Vos servir continuamente com amor desinteressado e ânimo forte.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória.
V/. Sagrado Coração de Jesus, vítima dos pecadores.
R/. Tende piedade de nós.
V/. Pela misericórdia de Deus descansem em paz as almas dos fiéis defuntos.
R/. Amém.
X ESTAÇÃO – Jesus é despojado de suas vestes
V/. Nós Vos adoramos, ó Cristo, e Vos bendizemos.
R/. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Tomaram as Suas vestes e fizeram delas quatro partes, uma para cada soldado. A túnica, porém, toda tecida de alto a baixo, não tinha costura. Disseram, pois, uns aos outros: “Não a rasguemos, mas deitemos sorte sobre ela para ver de quem será”. Assim se cumpria a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e deitaram sorte sobre a minha túnica (Jo 19, 23-24) .
Quem poderia imaginar tão grande humilhação? Jesus, o próprio criador do pudor é despojado de Suas vestes diante de todo o populacho. Talvez para reparar a imoralidade e falta de modéstia dos trajes de épocas futuras. De modas que receberiam a grave cen¬sura de Nossa Senhora, em Fátima.
Quatro são os cantos da terra e em quatro se repartem os Seus pertences. É um belíssimo símbolo da expansão da mais alta das obras de Jesus, a Santa Igreja, que tomará conta de toda a extensão do mundo.
Sobre a túnica decidiram jogar a sorte, por concluírem os soldados tratar-se de uma peça de elevado valor, pois não tinha uma só costura de alto a baixo.
A Santa Igreja é simbolizada em sua unidade perfeita pela túnica sem costura. Ela reclama uma união total entre todos os seus fiéis, não comportando a menor divisão.
Ó meu Jesus, que eu ame a unidade de Vossa Santa Igreja e trabalhe por sua expansão no mundo inteiro, jamais fazendo acepção de pessoas nessa tarefa, para ajudar-Vos a salvar pobres ou ricos, enfim, todas as almas.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória
V/. Sagrado Coração de Jesus, vítima dos pecadores.
R/. Tende piedade de nós.
V/. Pela misericórdia de Deus descansem em paz as almas dos fiéis defuntos.
R/. Amém.
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